Bom, o post de hoje é sobre a minha experiência no mundo da moda, na profissão que escolhi… as alegrias e tristezas.

Desde pequena, sempre soube o que queria ser quando crescer,  sempre soube que queria trabalhar com moda (não pelo glamour, eu nem sabia dessa parte, mas sim porque eu amava criar). Cresci, comecei a trabalhar com 16 anos numa empresa que não tinha nada haver com o que queria, mas que me ensinou muitas coisas e com o salário, pagava a faculdade (trabalhava na produção, era pau mandado sim e amava trabalhar lá). Meus pais não me ajudaram, não me apoiaram, me pediram milhares de vezes para mudar de faculdade,  mas não, segui o meu sonho, finalizei a faculdade e ai veio a realidade.

Garota do interior, pobre (não passava fome, mas não tinha dinheiro pra NADA. Lazer? tché, isso não existia), sem QI – quem indique – e muito menos onde trabalhar. Fiz estágio de graça, não recebi nada pelo serviço que fiz durante os dois meses e 10 hrs por dia. E mesmo assim, ainda quis seguir meu sonho.

Os anos passaram, fui me dedicando nos trabalhos, na aérea ou não, e sempre pensava que isso iria servir pra algo na minha carreira, que seria reconhecida e valorizada (em que mundo você vive Glena?). Doce ilusão. O mundo da moda nada mais é que ilusão (para certas pessoas, como eu). Trabalhar com moda hoje em dia, pelo o que vejo na internet da vida, nada mais é que um monte de gente famosinha, sem conhecimento algum, sem ao menos saber pronunciar ou crescer os nomes de marcas ou peças, e claro, ganhando muito e sendo reconhecido.  O pessoal não está se preocupando em estudar para trabalhar na área, pois qualquer patricinha pode ter um blog, marca ou loja e se tornar a próxima referência. E isso não acontece só no mundo da moda. Hoje todo mundo é jornalista, fotografo, designer e até mesmo tatuador.

Aqui no interior não é diferente. Não precisa ter faculdade para trabalhar na aérea, só precisa ser de uma família conhecida… que pronto, você está feito na vida. E o salário pra quem se esforça e tenta fazer tudo da maneira correta? Uma maravilha, só que não!

Depois de 5 anos formada, hoje consigo ver que realmente escolhi a profissão errada, ou como a minha amiga Mônica e o Lu dizem: você está no lugar errado e na hora errada. Quando criei o blog, nunca tive a intenção de ganhar dinheiro com ele, de ficar rica e tudo o que uma garota pensa quando cria um blog. Simplesmente queria compartilhar o meu dia-a-dia pessoal e profissional,  minha paixão pela moda e o tão odiado (por alguns) look do dia (que na época, quase ninguém postava e que para ter uma conta no Lookbook era necessário convite e só alguns podiam participar). O blog cresceu, ainda está com cara de um blog de fundo de quintal, não está nas filas A do SPFW, mas possui um pequeno e amável número de seguidores. Seguidores que me fazem continuar e não jogar tudo literalmente pro alto.
O mundo da moda é chato! Se você se veste igual a todos, é porque não tem opinião própria, porque segue modinha, mas se você se veste diferente, todos vão te julgar, porque você está com algo que para o olhar de certas pessoas, se torna bizarro! Você não pode postar uma foto qualquer, você tem que ter cuidado para não postar uma foto com um batom borrado ou até mesmo por estar com um chinelo que não é de marca famosa.

Mesmo depois de muitas outras coisas que passei e ao menos citei aqui, não quero me desligar disso tão cedo. Continuarei com a loja do blog/ O Pato Veste, com os freelas e também tô em busca de outro emprego, haha. Preciso sustentar os filhos e construir minha casa (morar no fundo da casa da sogra… não dá mais, haha)!!!

Para finalizar o post, tem um vídeo de uma banda deliciosa e que toda vez que escuto essa música, faz o meu dia ficar mais alegre e calmo.