Chegamos ao marco de 14 meses de muito amor, cansaço, choro, gritos, por quês e realidade. Não escondo de ninguém o quanto a maternidade foi dura comigo e muito diferente das propagandas de fraldas e margarinas. Logo na maternidade, Bento não chorava, Bento gritava e algo me dizia: esse menino será difícil. Ele não dormia bem, teve cólicas por muito tempo, eu não dormia, não tirei licença maternidade, me deixei de lado, não fazia as unhas e nem o cabelo (afinal, não tinha tempo). Bento só queria colo, chorava pra dormir e eu chorava junto, só queria um tempo pra fazer um xixi tranquilo, pensar em nada ou comer algo. A casa vivia bagunçada e isso não mudou, só que está num nível mais alto!
Me frustei tanto, me sentia péssima mãe, péssima mulher, péssima esposa, péssima profissional, tudo era negativo. Só enxergava a parte ruim das coisas. Eu sempre mantive os pés no chão e quando estava grávida, sabia que não seria fácil, mas uma mudança de cidade apareceu e virou uma bola de neve. Passei de uma Glena nervosa, para uma Glena a ponto de ter um ataque cardíaco e matar qualquer pessoa que me falasse um A estranho (no caso, o Lucas, a única pessoa que estava comigo) e uma quase depressão. Foi difícil! Nesse momento, tive apoio de uma amiga querida e importante que sempre me mandava uma mensagem perguntando se estava bem, dava dicas de coisas que funcionavam com a filha dela e que poderiam me ajudar. A Ju me ergueu!
Demorei muito pra concordar que precisava de ajuda profissional. Mas antes tarde do que nunca, né? Uma psicóloga foi essencial para não surtar tanto (confesso que ainda surto as vezes) e agora com uma nova mudança, não estou conseguindo me organizar para as consultas, e vejo o quanto isso me ajuda.
Mães e futuras mães, a maternidade não é fácil, é uma montanha russa muito louca, uma hora está tudo incrível e na outra, você tem vontade de sair correndo. Um filho é incrível, te faz ver o mundo com outros olhos, te faz valorizar pequenas coisas, gestos que fazem derreter seu coração, como um abraço apertado e um sorriso de obrigado do seu pequeno quando você entrega uma simples banana pra ele. Mas ela não é linda para todas! Não tenham medo de conversar, de falar que ela não está sendo perfeita. Se precisar, procure ajude, procure outras mães, troquem dicas, troquem acontecimentos. Sei que para muitas isso é difícil (por aqui, não falo com alguma amiga há semanas, simplesmente não consigo o tempo que queria) mas tentam sempre conversar com alguém!
Nessa última semana, passei por um mix de medo, cansaço e loucura. Bento teve 3 dias de febre alta, resfriado, manchas vermelhas pelo corpo, inalação, hospital, pernas tremendo de tanto nervoso e uma mãe com resfriado e sem dormir há dias. As pessoas falam que as mães são fortes, porém a verdade é que somos apenas seres humanos e temos medo, tristeza, muitos altos e baixos. Mães, se ajudem, se unem e parem de se criticar.
Tudo passa, aproveitem esses momentos e levem como aprendizados! Por aqui estamos numa fase muita cansativa, mas incrível. A interação com o Bento é linda e participar de cada momento e conquista dele é incrível!
3 Comentários
Você é uma leoa, com muito sal e açúcar, eu tenho muita sorte, de te ter como mãe, amiga, esposa, mulher. O Bento é o nosso shake, bravo e genioso, astuto e super inteligente, e a Ju é um ser iluminado que brotou nas nossas vidas, uma irmã mais velha de verdade.
Te amamos muito.❤️
Glena, ouvir seus desabafos me faz ver que às vezes não é difícil só lá em casa e isso não me faz ficar tão desesperada!Continue por aqui sempre que puder e der, para que possa dividir um pouquinho que seja o fardo com a gente que te acompanha e te quer bem.
Me identifiquei, pra mim não foi mil maravilhas também…até hoje, o Ian com 6 anos, tem dias que estou pessima rsrs, mas como você disse, passa! Força, precisar conversar também estou aqui. Deus abençõe vocês.